quinta-feira, 9 de abril de 2009

O ÚLTIMO ROMANCE


Ouvindo e reouvindo uma de minhas músicas prediletas no presente momento, que prefiro não citar para não parecer ridícula daqui a uns anos, percebi que nunca aquela letra fez tanto sentido em minha vida. A sorte de encontrar um grande amor.
Não que eu tenha encontrado-o, mas parei para pensar nas pessoas que o têm. E confesso, sinto certa inveja, um certo ciúmes, às vezes até ódio, sabia? Por que elas conseguem e eu não?? Qual o segredo do verdadeiro amor e como saber que aquela é a pessoa ideal? Desculpe, mas essas perguntas permanecerão sem respostas até a minha pobre e desiludida pessoa cruzar certo dia com o amor arrebatador.
A música que hoje ouvi infinitas vezes me fez pensar o quanto deve ser bom a companhia de alguém nas noites frias, o abraço confortante a cada reencontro, o amor sem limites, a paixão que se renova, a crença num futuro promissor, juntos! Não, não estou falando de amores juvenis, a maioria deles efusivos e iludidos, mas sim, daquele que chega sem esperarmos, cedo ou tarde, que pode ser percebido sem que um dos dois diga se quer uma palavra, o sentimento é puro, recíproco e transparece. Pode ser no sossego ou no sufoco, a companhia é certa, um se dá ao outro em plenitude e assim, formam um só e com a certeza do “ felizes para sempre”. Felizes porque a grande magia do amor é conseguir transformar os momentos tristes (não diria infelizes...) em felicidade instantânea só de saber que existe um ombro para chorar e uma mão que te afaga.
Querer ficar com uma pessoa pro resto de seus dias, abdicar de anseios, regalias, costumes e prazeres, conviver com chulés, bafos, roncos, manias, chiliques e problemas, ver coragem num sentimento que nos prega tantas peças e deixa dolorosas feridas, e quem já não experimentou a dor de um amor? Como dói! Porém, o último romance é cercado de clichês, chega a gerar dúvidas no começo, mas o tempo mostra que vale a pena!
Eu, ser imortal, atualmente só espero viver para um dia responder as perguntas que aqui deixei em vão ao encontrar, quem sabe, a tampa da minha panela, a metade da minha laranja, o chinelo pro meu pé cansado e todos esses outros nomes que dão simplesmente pra dizer: o amor da minha vida!!
(julho 2007)

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