terça-feira, 28 de abril de 2009

ESTRESSE CIBERNÉTICO

Que inferno é essa tal ferramenta de comunicação que inventaram com o nome de site de relacionamento pessoal. É um verdadeiro caso de amor e ódio! A meu ver, mais de ódio do que de amor! Odeio o modo como as pessoas entram umas na vida das outras, o modo como perdemos nossa privacidade! Se bem que, eu acho que quando abrimos uma conta nesse tipo de site temos que ter consciência de que a privacidade é uma coisa que realmente está fora de quesito, então não adianta reclamar muito né... tá na chuva é pra se molhar, meu filho! O pior de tudo é como isso vicia. Não temos noção de quantas horas por dia passamos fuçando na vida dos outros, apesar de termos noção de que perdemos bastante do nosso tempo precioso fazendo isso. Lastimável! Entramos num amigo aqui que tem uma amiga ali que você achou diferente ou já ouviu alguma fofoca sobre, ai você entra lá e tenta descobrir quem é o “peguete” da pessoa, quem é o irmão bonitão, onde a pessoa estuda, o que faz e assim vai entrando, adentro, penetrando passo a passo da vida de um ser que ao menos conhecemos. Conseguimos descobri tudo nesse tipo de site. Quem ta namorando, quem terminou, quem engravidou, qual foi a balada do fim de semana, qual vai ser a programação para o próximo e assim vai.
Certos tipos de atitudes das pessoas me desanimam mais ainda quando penso em manter minha conta aberta.
Existem aqueles que entram nesse tipo de site achando que são os populares. Aquele tipo de gente que escreve: “se eu não conheço, não adiciono”! Ai que saco! Até parece que todo dia tem um fã seu te adicionando. Apenas não adicione, não precisa se passar pelo cara mais conhecido da cidade!
Outra coisa que me irrita profundamente são pessoas do tipo “eu sou o máximo”. Aquelas que escrevem no perfil coisas do tipo: “Eu sou a melhor, sou demais e ninguém vai me superar. Se você não gosta de mim, sai daqui, porque não preciso da sua audiência!” Para piorar, adicionam fotos super narcisistas com legendas “I love me”. Aff...
Por outro lado, tem gente que se acha o intelectual. Vai lá no Google e procura por citações famosas, e dá um ctrl C + ctrl V e dessa forma colocam no perfil frases, textos de autores, filósofos, escritores que nunca leram nem uma linhazinha sequer de seus livros.
Ainda tem os adolescentes revoltadinhos que acham que estão no topo da moda, que tudo gira em torno deles, que todos fuçam seu perfil, porque ele é popular, porque ele é o dono da verdade e ai de você se não concordar com ele, ou fazê-lo sofrer, no outro dia tem uma frase ou uma comunidade dedicada a você no perfil dele. Adicionado a isso existem aqueles que querem se achar moderninhos, pra frentinha, espertinhos, que colocam fotos tomando cerveja, indo pra balada, principalmente as meninas que botam um saltão e pensam que enganam alguém com carinha de criança e identidade falsa. Mas ta lá, saiu uma vez na noite e já bota foto nova no perfil. Fora aqueles depoimentos cheio de eu te amo pra lá e pra cá, e isso serve pra todas as idades! Se você gosta de um amigo ou outro tudo bem deixar um depoimento de amizade, mas me surpreende aqueles que são amados por todos. Todos os depoimentos, todas as fotos, às vezes até o perfil ta lotado de “eu te amo”.
Ah, pra mim, isso tudo ta ficando muito efusivo, tudo muito falso. As pessoas dizem que amam todo mundo da boca pra fora, no outro dia, essa pessoa nem existe mais na sua vida!
Me frustrei com esse tal de site de relacionamento pessoal. No momento só vejo coisas ruins nele, mas ao mesmo tempo não consigo me desvencilhar. Já cogitei mil vezes parar com isso e ganhar mais tempo para as coisas realmente úteis, mas o tal nominho do indiano me picou. Só peço uma coisa: não me mandem convite para entrar em mais nada desse tipo! Não quero estar atualizada das novas criações de sites de relacionamento, não quero estar antenada a esse tipo de moda. Não por hora. I’m fine, thanks!

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