terça-feira, 26 de maio de 2009

ASSIM...

Você não vale nem uma Sukita quente. Mas quer saber? Pra mim não faz mal, eu não to nem aí! No nosso caso, a relação de se pedir e exigir muito não está com nada. Eu também não estou nem um pouco a fim de valer muita coisa. Sempre fiquei achando que tudo tinha que dar certo, e dar certo aqui significa ir pra frente, ter um começo meio e fim, mas há certas coisas que não são feitas para durar muito, certas coisas só precisam de um começo. O resto... ah, o resto a gente deixa ao vento. O vento leva...Assim tudo fica mais fácil, eu finjo que acredito em tudo que você diz e vice versa, as palavras continuarão bonitinhas, fofinhas e as gargalhadas (as quais eu não abro mão) serão permanentes. O bom é saber que na maioria das vezes o que foi dito era bem intencional, com um propósito bem delimitado e desse modo, a gente não se ilude, a gente não se magoa, não se atropela querendo fazer tudo às pressas. Temos a vida toda pela frente. E quer saber de mais uma coisa? Eu adoro gente direta. Gente que não esconde o que realmente quer, fala na lata, sem firulas, independente de isso ser algo eterno ou passageiro, apenas uma vontade. Desde que valha a pena. Então, quando surgir a oportunidade é só aproveitar da melhor maneira possível e entender que você continuará não valendo nada. Contudo, ainda temos um por outro um apreço imenso, algo que é preferível que permaneça assim, para que as coisas não se compliquem, pois é isso que ambos não querem de jeito nenhum. E quer saber de mais um segredo? Não mude! É desse jeito que eu gosto de você!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

REPETECOS

Por que a gente diz que nunca mais vai fazer alguma coisa e depois de um tempo se pega cometendo o mesmo deslize? Pode demorar, mas lá estamos nós de novo repetindo as mesmas cenas. Somos realmente fracos; a mente é fraca, a carne então, nem se fala...
O pior é que geralmente esses flashbacks não nos levam a lugar nenhum. Nos deixamos envolver pelo momento, nos levar pela empolgação, pela esperança de que algo aconteça diferente, mas na maioria das vezes como já disse, nada de significante demais acontece e continuamos nos iludindo com a ideia de que um dia conseguiremos cumprir a promessa que fazemos depois de enfiar o pé na jaca. Vivemos voltando o disco, reouvindo a mesma canção que depois de algum tempo vai perdendo sua graça, mas até que ela não nos canse estamos lá sacudindo nosso esqueleto ao seu som. Como a vida gosta de complicar nossos caminhos, sempre colocando uma marcha ré para revivermos alguma situação. Mas é assim mesmo, enquanto permanecermos esperando por mudanças advindas de acontecimentos pretéritos continuaremos revisitando o passado sem deixar brechas para um futuro promissor nos alcançar. Apesar que, como dizem por ai, deve- se sempre permitir uma segunda chance. Mas há situações em que esse senso comum não se aplica, tem coisas que não merecem nem a primeira chance. Já em outras, as pessoas começam a multiplicar as chances, esquecendo que o aconselhável é somente uma segunda e nunca uma terceira, quarta ou quinta. É por isso e por outras coisas, que o tempo vai nos deixando marcas, algumas das quais fazemos questão de salientar. E no fim nada muda, pois, apertar o replay já é algo inerente ao pensamento e a ação humana.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A BEAUTIFUL MESS

E ali estavam eles novamente se escondendo do mundo como se naquele lugar estivessem protegidos de tudo que os rodeava, como se estivessem fazendo algo errado, e de fato estavam, por várias razões aquilo não era certo. Mas, era incontrolável. Era como se juntos aliviassem suas dores e por algumas horas esquecessem seus problemas, era como se o aconchego do abraço que davam curasse todas as dores, era como se fosse sempre a última vez. Sempre a última vez até não agüentarem mais e correrem um atrás do outro a procura de mais uma chance, a procura do corpo, das mãos, dos gestos que ambos sabiam interpretar, mas que aos poucos iam se esquecendo e precisavam se lembrar, não podiam deixar aquele fogo morrer, aquele sentimento, cujo ambos nem sabem mais o que é, adormecer. Um precisa do outro claramente, eles são como imãs, pólos negativos que se atraem mesmo sem querer. Eles têm noção que fizeram uma enorme bagunça na vida um do outro, e que essa bagunça é irreversível, que jamais haverá alguém igual, alguém com tamanho poder, alguém com tanta habilidade para adivinhar o que se passa pela cabeça, alguém que conhece cada defeito, cada qualidade. Os dois reconhecem que saem de si quando estão ali, presos na doce caverna que improvisaram, pegos pela armadilha do desejo, da vontade de se ver, da vontade de poder dizer tudo aquilo que já se sabe de cor, mas que é agradabilíssimo ouvir de novo, descobrir que muitas coisas não mudaram, que pode passar o tempo que for, quando estiverem ali estarão arrumando um pouquinho da bagunça que deixaram, estarão juntando as partes do quebra-cabeça que é a relação que criaram, para depois irem cada um pro seu canto mais uma vez, como uma criança que cansou de brincar e desmancha todo desenho formado pelo encaixe perfeito das peças. Assim, eles passam os dias confiando ao destino o rumo de suas vidas, esperando que ele escolha a hora e o lugar certo para que eles não precisem mais se esconder, porém, o rumo do próximo encontro no esconderijo das lembranças eles mesmos fazem questão de providenciar.

domingo, 17 de maio de 2009

BOLA DE CRISTAL


Cansei de tentar achar explicações para o que não pode ser explicado. Fazer premonições não nos serve para nada, a não ser para aumentar nossa angústia e alimentar nosso medo. Aprendi que não sou vidente, não tenho bola de cristal e que as pessoas podem ter razões as quais eu desconheço ou até mesmo não ter razão nenhuma. Pode ser que um dia eu descubra alguma coisa, eu consiga achar um culpado, eu consiga entender os motivos, as atitudes, mas antes disso, prefiro não arriscar mais, não pedir pra ver o que não se quer, não inventar coisas que me deixem mais esperançosa ou menos errada. A verdade é que nunca saberemos a verdade e eu estou cansada de imaginar os poréns, as entrelinhas, as presunções. Chega de bancar a fortune teller! A vida segue o caminho que fazemos para ela e não o que ficamos imaginando; e cada um desenha a trilha que acha ser mais adequado. Alguns pensam no futuro, mas a maioria prefere agir pelo impulso, prefere o que cabe ao momento. Basta sabermos dos NOSSOS objetivos e para saber se vão dar certo, vá a luta! Se quer uma resposta, vá e pergunte. Não presuma nada além do que você tem de concreto e não tente ser o psicólogo alheio, pois os outros fogem ao nosso controle. Ficar imaginando não nos leva a lugar algum, a imaginação é muito fértil. O que conta é a realidade! O fato é que as coisas acontecem porque assim têm de ser, porque assim elas vão nos servir para alguma coisa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PRA VOCÊ, HOJE E SEMPRE: NÃO!

Ontem você ligou e perguntou por mim, como se ligar uma vez a cada 5 anos fosse o suficiente pra ganhar minha confiança, meu respeito, meu carinho. Fez o papel de bom moço que todos sabem que você não o é. Tentou parecer convincente, interessante, preocupado. Mas, desculpe você não é um bom ator! Propôs coisas que só em sua mente se realizarão, se é que você realmente pensou antes de dizer, imaginou a situação. Preferia que tivesse mesmo esquecido que eu existo, pois é o que ficou perceptível nesse tempo de sumiço. E eu não reclamei, não reclamo e continuarei não reclamando. Não quero sua presença e até mesmo sua voz em minha vida. Se você não serve para ajudar, então não venha atrapalhar o que está perfeitamente nos eixos por aqui. E nem pense em perguntar de novo se sinto sua falta, porque a resposta permanece igual: nunca senti. Você não faz parte da minha vida, assim como parece que eu jamais fiz parte da sua. Não me ligue mais, não me deixe nervosa e com medo de andar pelas ruas. Se existe uma coisa nesse mundo da qual eu faço questão de omitir é o fato de que um dia você esteve aqui, mesmo que por pouco tempo. Tempo esse, em que eu mal sabia o porquê das coisas. Ainda bem. Porque de verdade, você não estava ali e desaparecendo de repente, deixou poucas cicatrizes. Obrigada pelo gesto de solidariedade não premeditado. Por isso e por muito mais, não espere que eu retorne sua ligação. Que fique bem claro: não gosto de você, não tenho vontade de te ver, não preciso de você, você não me faz bem. Vou parando por aqui, pois, o meu esforço pra pensar nisso tudo se transforma numa vontade imensa de esquecer.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

CLARICE

Ah, Clarice Lispector tem o poder de me encantar cada vez que encontro algo que ela escreveu. Tudo bem que ler um livro inteiro dela, às vezes se torna um sacrilégio. Mas vamos e venhamos que sempre se tira várias ótimas passagens até mesmo das partes mais descritivas. Clarice foi um gênio da literatura brasileira. Sem dúvidas, a admiro. E aqui vai a parte que me encantou no dia de hoje:

Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

(Clarice Lispector em Para não esquecer)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

BELIEVING, WAITING, WISHING...

Você já sentiu um pressentimento tão forte no qual acreditou mesmo sem saber o porquê e mesmo achando uma tremenda bobagem? Porém, de certa maneira você precisava acreditar naquele sentimento, era algo que te trazia paz, conforto e harmonia? Pois então, querido leitor, se você já compartilhou este mesmo fenômeno sabe exatamente do que estou falando. Tenho estado assim. Imaginando o que está por vir e pressentindo que esse algo fará mudanças antes inimagináveis em minha vida. Não sei se isto está prestes a acontecer ou se ainda levará um tempo, não sei se essa mudança me deixará por aqui ou me levará para longe, não sei se vai chegar para manter os meus pés no chão ou para me levar as alturas, muito menos se vai me fazer feliz para sempre ou destruir meus sonhos. Mas, a pressinto de uma maneira tão intensa que chega a ser impossível não crer que isso vai sim modificar minha vidinha rotineira, e sendo fiel a esta premonição me sinto infinitamente melhor. Sigo pressentindo, acreditando, esperando, desejando.
E assim, Mário Quintana resume o que eu parafraseei, de certa forma, nas linhas acima:

CONFISSÃO
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!

domingo, 3 de maio de 2009

A ARTE DO DESAPEGO

Finalmente cheguei ao meu ápice! Estou conseguindo realmente me desvencilhar de você. Por vezes, considerei impossível isso acontecer, me culpava por pensar em algum ato que pudesse lhe ofender visualmente ou verbalmente. É intrigante o modo como me preocupava com você, como minhas mãos tremiam e o meu coração batia com compassos mais apressados quando te via, como eu vigiava cada passo seu, como as suas atitudes, as suas falas, seus olhares, ficavam se repetindo na minha mente como um cd riscado. All time.
Não posso afirmar que tudo isso se escafedeu de vez, que tudo que sentia por você foi tirado com a mão de dentro de mim. Não nego que dizer isso seria mentira.
Mas obviamente posso alegar que cada dia que passa me surpreendo mais com o meu poder de superação. Sou sim uma garota inteligente! Estou estudando e colocando em prática a tal disciplina da arte do desapego.
Já não falo mais contigo, quando te encontro não fico mais te seguindo com os olhos, ponho em ação o tal ditado “chumbo trocado não dói”, ou seja, deixo você perguntando e apenas respondo suas perguntas sucintamente, sem retórica, afinal, foi assim que muitas vezes você fez comigo. Já não fico mais avaliando minhas possíveis ações, como já disse anteriormente por aqui “você não me impede de mais nada”, não fico me martirizando pelo que fiz ou deixei de fazer. Hoje nem procuro saber das novidades em sua vida. Hoje quero mais é que você saiba que estou vivendo plenamente, que ainda vou lhe tratar bem apesar de qualquer coisa, mas que jamais ponderarei minhas atitudes em virtude da sua existência. Basta! Estou me desapegando passo a passo de você há certo tempo e já provei que sou capaz de ir além do que imaginava. E o melhor de tudo é que... I’m NOT sorry, baby!