terça-feira, 30 de junho de 2009

APENAS AMIGOS?

A minha amizade é muito importante pra você? Baby, você está careca de saber que amizade entre nós não existe. Pelo menos não só ela. Ambos sabemos que por trás de todo esse discurso de “pode contar comigo pro que precisar”, ou “apesar de tudo ainda quero sua amizade”, existe um fundinho de malícia e segundas intenções, nem que for pra saber se o outro está sozinho, encontrou alguém ou continua com a mesma pessoa de antes. Acredito sim em amizade entre homens e mulheres. Porém, no nosso caso isso é o maior papo furado, a maior desculpinha esfarrapada pra fazer uma coisa que não precisa de desculpas: entrar em contato, querer saber da vida, de como se anda, do que o outro faz, ou pra simplesmente não deixar o outro te esquecer. É um contato do tipo: “Oi, ainda estou vivo e lembro de você, por isso vim aqui pra você se lembrar de mim também!” Oras, diga logo que não quer que eu te esqueça e que precisa de notícias minhas porque detestaria descobrir que de repente não fazes mais parte dos meus pensamentos. Confesso que também odiaria perceber que não estou entre seus pensamentos ou nem nas suas lembranças. Mas pelos visto, ainda estou, né? Obrigada por querer saber de mim, e o mais importante: por eu ainda ter um espacinho na sua memória e quem sabe até no seu coração, mesmo que seja na pontinha dele quase saindo pelas veias. Ok. Já enviou seu alerta de “pense em mim”. Agora, além de tudo isso vamos ser francos, não me venha com essa de amizade. Eu sei muito bem o porquê desse contato inesperado, você deve estar tramando alguma. Quer me ver? Quer que eu escute seus problemas mais uma vez? Quer um abraço, um beijo, um amasso? Quer saber se continuo solteira? Seja sincero! Diga logo o que quer, quais as intenções por trás desse recadinho em que você ousou em escrever a palavra “saudade” sem talvez sequer senti-la de verdade. Só não espere que eu corresponda todas as suas vontades ou responda todas suas perguntas e menos ainda que eu diga coisas bonitas sobre ti, massageando seu ego ou que nas minhas respostas você veja lágrimas escorrendo. Ah, e mais uma coisa: não repita os erros de antes, não me ignore, pois quando EU quis saber de ti, você nem se pôs a me responder. Sorte sua que eu não levo tudo a ferro e fogo. Sorte sua, meu “amigo”!

domingo, 28 de junho de 2009

QUANTO MAIS EU REZO...

É sempre assim: todas as noites deito a cabeça no meu travesseiro e rezo, agradeço pela boa vida, por mais um dia, pela família e amigos e por fim, faço um pedido. Mas o cara lá de cima adora teimar comigo né, ele gosta de colocar mais aventura no meu cotidiano.
Quando eu penso que está tudo uma calmaria só aparece uma surpresa diferente. Pra falar a verdade, eu admito que sou fã delas, gosto de ser surpreendida, só que a maré não está pra peixe na minha vida, principalmente no quesito “relacionamento com o sexo oposto”. Vivo pedindo pra Ele mandar alguém especial pra preencher aquele espaço que está vazio a certo tempo, aquele tipo de pedido que todos que não quererm ficar mais solteiros fazem, independente pra quem seja, contudo, não sei o que acontece, se é olho gordo, corpo fechado, macumba... seja lá o que for, não estou com sorte – se é que isso tem alguma coisa a ver. Preciso me benzer, andar com um trevo de quatro folhas, figa, pé de coelho, galho de arruda atrás da orelha, esta que, aliás, anda constantemente vermelha, e vocês sabem o que isso significa, não? Será que meus pedidos não chegam completos até o céu? Será que o caminho entre minha cama e o trono do Homem sofre alguma interferência? Ou será que simplesmente não sei aproveitar as oportunidades? Não, não pode ser, eu até me esforço bastante... Brincadeiras a parte, faço meu último pedido via internet, numa tentativa de que as ondas que fazem esse instrumento funcionar sejam mais eficazes que minhas rezas diárias; é o seguinte: Ei, moço ai do céu! É, você mesmo que sabe de tudo e é responsável por tudo. Dá um tempo, vai! Estou cansada dessa rotina de surpresas que já tem destino certo: o fundo do poço, me encher de esperanças e vontades e depois me afundar com uma pedra amarrada ao pescoço cheia de desilusões e decepcionada.
Acho que vou parar de pedir, afinal, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. Limito-me a agradecer, além da minha última prece ali nas linhas acima, a partir de agora o Senhor que planeje o resto sozinho, não vou mais palpitar.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

THINKING OF YOU

Como pode alguém fazer tão mal e ao mesmo tão bem assim? Não consigo entender porque as razões que me prendem a você são mais fortes do que as que me ajudam a te esquecer. Tem horas que acho que me libertei, nem penso em sua existência, sinto-me livre para alçar novos horizontes, mas é você aparecer pra eu me afligir e tentar esconder a ansiedade e o medo, abaixar a cabeça para que meu olhar não encontre o seu.
Porém, me fazes imensamente contente quando lembro o tempo bom que compartilhamos, aquele que com certeza ninguém mais dividiu com você com tamanha intensidade. Intensidade de sentimentos, de paixão, de calor, de companhia constante. Pode passar o tempo que for, podemos nos relacionar com outro alguém por anos que nada se comparará com aqueles dias. A alegria que fizeste explodir em meu coração, o conforto do seu abraço e a tranqüilidade do nosso dia-a-dia foram essenciais para que pudéssemos aproveitar melhor cada momento daquele mundinho particular que criamos. E pode ter certeza que nós fomos o que melhor aproveitamos. Rimos muito, nos ajudamos muito, aprendemos bastante e até.. choramos muito.Não tem explicação o porque minha boca sorri devagarinho quando essas cenas voltam à minha mente. E sinceramente, eu adoro relembrar a bolacha que você colocava em cima da mesa depois das refeições pra eu comer porque sabia que eu não vivia sem minha dose de chocolate, eu adoro relembrar o modo como me chamava para te fazer companhia à mesa porque não gostava de comer sozinho, a maneira como você criticava meu vício pela cor rosa, o jeito que você dizia que eu era mentirosa porque não correspondia fervorosamente aos “I like you” que você dizia, as brincadeiras de cócegas e de correr pela casa fugindo dos personagens que você incorporava pra me fazer rir, as conversas durante a madrugada, as músicas traduzidas, as tentativas de fotos decentes, os esconderijos e disfarces, as aventuras e loucuras, o cobertor rosinha no sofá da sala, o vinho na varanda, as lições de culinária, a sua ajuda ao abrir a torneira enquanto eu lavava a louça, as surpresas pelas manhãs, e por ai vai... Você foi meu porto-seguro quando tudo se tornou difícil, pude experimentar o gosto breve da perfeição.
Infelizmente, esse tempo bom não durou pra sempre, e hoje, essas lembranças chegam a mim acompanhadas de um nó na garganta, vou engolindo a saudade e fugindo das más recordações que o depois me remete. Um depois cheio de mágoas, de palavras soltas sem pensamento prévio, de encontros casuais recheados de traição, pena, saudade, angústia, dúvidas, pequenas discussões, grandes pecados e algumas mentiras. Não soubemos respeitar o que vivemos e agora agimos na base de provocações. Que lástima, meu querido, que lástima! Não queria que fosse assim, não queria ter medo de te encontrar como já mencionei, não queria precisar me esforçar para esquecer e ainda assim sentir sua falta três vezes por semana.
Não adianta, nossa passagem um pela vida do outro é algo marcante e irreversível, entretanto, as mancadas que demos deixaram algumas rachaduras no telhado que construímos juntos. Só peço que o tempo seja generoso com nossa memória para que quando formos bem velhinhos consigamos ser seletivos à respeito do que realmente é necessário guardar no coração.

terça-feira, 23 de junho de 2009

DEPOIS DAQUELA VIAGEM

Todos sabem que viajar é preciso, faz bem pra mente, pra alma e nos enche de boas recordações. Mas na minha vida repleta de viagens aqui e ali, houve uma que marcou mais que todas, uma que jamais esquecerei. Foram três meses de muitas conquistas, de muitas alegrias, de muitas loucuras. Três meses nos quais foi bom sentir o ventinho da liberdade batendo no rosto, soprando boas energias que me rodeavam a todo momento. Um trimestre onde o aprendizado era constante. Até nas horas difíceis onde a saudade de casa apertava e conviver com as pessoas diferentes ao lado já se tornava algo cansativo, ainda assim eu aprendi. Aprendi que nada melhor que colo de mãe, comida de avó e o apoio do avô, aprendi que se relacionar com pessoas diferentes é necessário, mas também desgastante e que é fundamental respeitar a história dos outros. Aprendi a enfrentar meus medos e a me virar sozinha, certas vezes, completamente sozinha. Sentir-se independente, responsável por ter a roupa e a casa limpa, responsável por não passar fome, por usar meu dinheiro da maneira que me fosse mais adequada, responsável pela minha vida, e por fazer daqueles dias os mais rentáveis possíveis em vários sentidos. Nesse tipo de viagem não se conhece apenas um país novo, belas paisagens, um novo idioma, se conhece a essência de pessoas de diversas partes do mundo e se percebe que dentro de um mesmo país há muita diferença. Conhecemos um novo tipo de vida, que no começo parece fácil, mas que se não mantermos a cabeça no lugar, perdemos o controle. Contudo, apesar de tantas obrigações e deveres, tantos horários desregulados, tanta responsabilidade repentina, não houve um momento em que me arrependi. Como eu sei que não me arrependi é simples: a saudade é o melhor demonstrativo de que algo valeu a pena. Saudade das pessoas, que com certeza, não poderiam ter sido melhores, as mais alegres, mais companheiras, as que festejam mais e por isso eram mais amigos, inseparáveis, a melhor surpresa que eu poderia encontrar. Saudade das compras, das viagens, das festas, das loucuras. Como era bom pegar o carro e viajar para lugares antes inimagináveis, era bom discutir a respeito de onde visitaríamos primeiro, era bom perder o avião, era bom saber que cada um tinha um gosto diferente e por isso precisávamos fazer escolhas. Era muito prazeroso chegar no fim do dia de trabalho e saber que na casa ao lado ainda tinha uma big party a nossa espera. Era bom dormir de manhã cedo e acordar no meio da tarde, ver o dia clarear da janela da sala, saber que a praia estava logo ali e eu não precisaria viajar horas para chegar até ela, era simplesmente pegar a bicicleta e seguir reto, perceber a magia da vida a cada por do sol aclamado por salvas de palmas. Foi bom viver de maneira inusitada, comer mal, experimentar comidas e bebidas horríveis, quase ser atropelada, cair de bicicleta, pular a cerca da piscina, burlar regras, realizar várias tramóias, levar broncas, fazer barulho, muito barulho!
Hoje, nada mais é igual depois daquela viagem. Carrego em mim as lembranças de dias felizes que não voltam mais, no meu peito há um buraco enorme, uma saudade imensurável. Não quero voltar, seria impossível que as coisas se repetissem da mesma maneira, e que bom que é assim! Esses sentimentos de falta e satisfação misturados demonstram que os momentos foram únicos. E que momentos!...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

NEURAS FEMININAS

Hoje tive a exata confirmação de como mulheres são bobas. Como pensamos tudo da pior maneira possível e como ficamos deduzindo as coisas de acordo com o nosso mundinho baseado nas telecomunicações, que todos sabem, mentem muito bem.Se o cara não responde no MSN já inventamos milhões de possibilidades do porque ele não quer falar conosco, o que fizemos de errado ou que ele aprontou que não sabemos. Se ele não atende ao telefone então, pior ainda. Já está ignorando, não quer nos atender, desligou o celular de propósito.
Se não responde ou demora para responder nossa mensagem é porque estava ocupado demais com outra.
Mulher é bicho tonto mesmo. Fica enfiando essas neuras na cabeça e o pior de tudo é que acredita nelas com a maior confiança. Nos achamos as melhores detetives do mundo e ainda brigamos quando erramos algumas hipóteses.
Porém, o que nos resta investigar é que o celular pode estar mesmo desligado, mas por motivos maiores que fogem a nossa imaginação, que ele pode sim estar fora de área. Que ele não responde sua mensagem porque realmente ainda não a viu ou não a recebeu. Não respondeu no MSN porque não estava na frente do computador e depois a conexão caiu. E isso é sim muito possível, por que como já disse as telecomunicações hoje em dia estão longe de serem perfeitas, são muito falhas.
E ai, passando por cima disso tudo estamos nós lá quase pirando o cabeção, dando pitis, quase indo atrás do moço pra afirmar a ideia na qual resolvemos acreditar e dar como verdadeira.
Em certas ocasiões somos muito malucas, mas não podemos nos esquecer também que homem não é santo, portanto, não enlouqueça, não pense tanta asneira, não queira socar a parede de raiva por um motivo que você nem tem, acalme-se pense nas possibilidades mais reais ou melhor ainda, ligue (se ele atender) ou fale com o cara mais tarde e ouça a versão que ele vai contar. Pra descobrir se esta é a pura verdade verdadeira só conhecendo mesmo a pessoa, olhando bem nos olhos e captando os gestos. E isso, nós mulheres fazemos muito bem.

domingo, 21 de junho de 2009

BLÔNICAS

Momento repescagem.
De Tati Bernardi.

Em alguns momentos da vida, mais comumente quando começa o inverno, repensamos nossos “descartes” (não o pensador) pelo mundo afora.
É a época em que cai a ficha, finalmente, de que o tal moço incrível que vai te dar segurança, filhos, amor incondicional, cultura geral mas com profundidade e quinze orgasmos por semana pode não existir. Aí você pensa: poxa, mas tinha aquele lá, ele não era tão ruim, era? Acabou por quê?
É o momento repescagem. Todo mundo já repescou ou foi repescado. Basta o cachecol e a bota de cano alto saírem às ruas. O amor meia boca volta a imperar. Garotos não tão bons de papo mas com uma boa performance no quentinho do edredom, voltam pro jogo. Outros, mais recatados e sem glamour na pegação, mas inteligentes e perfeitos para um vinhozinho de fim de dia, reaparecem com boas chances de serem valorizados. É o frio, minha gente. Nada além disso.
Os bons de papo e de cama, mesa e banho, então, nossa. Esses recebem propostas de casamento, ganham presentes, massagens e outras coisinhas que mulheres juravam jamais dar. Elas esquecem que eram tipos malucos, inconstantes, mentirosos, traidores, covardes e mais um monte de coisa grave que ganha “desimportância” conforme o frio aumenta. Eram ótimos partidos! Eu que sou muito exigente! O frio diminui as expectativas, as esperanças, os sonhos. O frio só aumenta o desespero.
Se você, caro leitor, é um partido meia boca, saiba que suas chances duplicam no inverno. Se você, cara leitora, é uma mulher que odeia se sentir burra, espere o tempo esquentar antes de mandar aquela mensagem de texto de madrugada pro seu ex-ex-ex-ex-ex-namorado. Se você deixou ele ir embora, não é o frio que deve trazê-lo de volta.
Calma que daqui a pouco a voz da razão ou da regata com shortinho vai te mostrar o caminho correto.

terça-feira, 16 de junho de 2009

I'M GONNA MAKE IT MINE!

De agora em diante vai ser assim: tudo que eu me propor a fazer, vai ser bem feito. Cansei de dar o pouco que sobrou de mim para as pessoas, cansei de achar que as coisas vão sempre dar errado e que então, nem é bom tentar, cansei de pensar no que tenho pra fazer e já desistir antes de começar. Sempre fui de me jogar, arriscar e muitas vezes cair, mas nunca deixei de tentar, contudo, de uns tempos pra cá tenho tido um medo de mudanças que nem sei de onde veio mas que tem que ir pra bem longe de mim. Um medo das coisas e pessoas novas que se aproximavam que não me serviu pra nada. Ficar na defensiva não adianta muito na maioria das situações. Partindo dessas presunções frustradas de que o mundo cairia sobre minha cabeça se eu não permanecesse no mesmo lugar e do mesmo jeito a vida inteira , decidi que não pode ser mais assim, que tenho que ser como antes, tentar, tentar, tentar, mesmo que isso deixe algumas feridas, daquelas que demoram pra sarar, ou mesmo que não dê nada certo. Vou fazer tudo ser meu, conquistar tudo que sempre sonhei, mesmo que essa frase pareça meio “Xuxa” é a pura verdade. Porque no final das contas, quem ganha com todo o meu esforço, sou eu mesma. E nada é pouco quando o mundo é o meu!

"I don't wanna wake before
The dream is over
I'm gonna make it mine
Yes i... i wanna own it
I'm gonna make it mine
Yes I'll make it all mine
...
I don't wanna break before
The tour is over
I'm gonna make it mine
That's why... i wanna own it
I'm gonna make it mine
Yes i'll make it all mine

And timing's everything
and this time there's plenty
I am balancing
Careful and steady
And reveling in energy that everyone's emitting!"
(Make it mine - Jason Mraz)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS (PARTE III: AS ALEGRIAS)


Comentei anteriormente que estou decepcionada com as relações amorosas, mas não posso negar as alegrias de se estar com alguém. Quer coisa mais gostosa que começo de relacionamento? Conhecer outra pessoa, saber da vida, dos gostos e dos medos. Experimentar um novo corpo, novos lugares, novas atitudes e manias. Estar apaixonado faz bem, traz energia, sorriso na cara e nenhuma espinha na pele. Obviamente que minha veia pessimista não pode deixar de comentar que essa situação não se perpetua, mas, dessa vez, vou tentar deixar o lado negro pra trás e revelar minhas percepções coloridas sobre a vida a dois.
Conviver com outro individuo, às vezes, totalmente diferente da gente, com certeza não é fácil, porém, tem suas recompensas. Ganhamos presentes, saímos pra jantar, temos alguém pra nos acompanhar na balada ou no sofá da sala e mais do que isso, ganhamos a felicidade de ter alguém, de poder conviver com esse alguém nas horas boas e nas ruins. Saber que a pessoa vai sim te ligar no outro dia é extremamente aliviador, saber que você pode ligar sem receios, que podemos falar sobre tudo sem medo de parecer cafona. Encarar o dia todo de trabalho, de estudo, à espera da hora do encontro com quem se deseja faz com que queiramos acelerar o tempo e depois desacelerar numa tentativa de inverter os horários que a vida moderna nos impõe. Quando essa hora chega o melhor de tudo é ter um abraço aconchegante, é ter alguém pra assistir filme nos dias chuvosos debaixo das cobertas, é se sentir amado e amar em troca. Desse modo, passamos a ser mais gentis, a ouvir aquele assunto repetido mais uma vez, e por isso a ter mais paciência, nos tornamos mais compreensivos, menos egoístas, mais criativos e até mais bonitos! Começamos a acreditar em um futuro diferente, a pensar em novas formas de arrancar um sorriso da pessoa amada, tentamos novas maneiras de surpreender, acreditamos também em (quase) tudo que o outro diz, sendo que assim nos achamos mais interessantes e menos imperfeitos. Ouvir palavras de admiração e interjeições de prazer são infinitamente agradáveis e isso é um repeteco que não cansa. Pensar dez mil vezes na roupa que vamos colocar - ou tirar - para que ela desperte aquele olhar de “meu Deus, eu não mereço tudo isso” é tarefa muito instigante. Acordar com um beijo no rosto e dormir de conchinha é uma delícia, tanto quanto uma boa conversa que vara a noite acompanhada de uma boa música e um bom vinho. Ou seja, como fazemos para manter uma boa parceria varia das formas simples às extravagantes. O que importa é que dê certo e ambos estejam felizes com a presença um do outro em suas vidas.
Enfim, ter um relacionamento recheado dos prazeres acima citados têm sido como ganhar na loteria, porém, de certa forma, todos nós já sentimos um pouquinho de cada detalhe relatado e é por isso que ninguém hoje em dia quer ficar sozinho e estamos sempre em busca de um novo amor. Podemos nos decepcionar, amadurecer, esfriar e ser o mais racional possível, contudo, ainda assim vivemos à procura de alguém que nos faça enlouquecer, esquentar, perder a razão, mesmo que não seja eterno.
Hoje não me sinto triste em estar sozinha, pois sei que algo totalmente diferente espera por mim e enquanto não chega, arrumo minha casa, coloco apenas sentimentos bons dentro dela e enfeito meu portão, afinal, ninguém quer gente chata do lado, não é?

"The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return!" (from the Moulin Rouge)

terça-feira, 9 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS (PARTE II: AS DORES)

Dou muita risada! Ao se aproximar o dia dos namorados as propagandas televisivas anunciam: “presente para os eternos apaixonados!” “presenteie quem te faz feliz todos os dias!” e por ai vai...Incrível como esses publicitários se esquecem que um namoro não é sempre perfeito, o parceiro(a) não nos faz feliz todos os dias, e não existem eternos apaixonados. Acho que a paixão é um sentimento momentâneo, ela dá o ponta pé inicial para que o relacionamento comece, óbvio que se não nos apaixonamos, então não é algo verdadeiro, porém, acho que depois essa paixão diminui para se transformar em amor, o sentimento mais sublime e delicado que se têm noticia. Claro que temos que nos apaixonar todos os dias, até por nós mesmos, para que a chama do amor continue acesa. Mas com certeza ela não dura pra sempre, é preciso evoluí-la. Afinal, não é todo dia que estamos dispostos a nos apaixonar e nos deixar levar; e ai voltando a questão de que um relacionamento não te faz feliz todos os dias, há momentos em que não estamos bem, precisamos ficar sozinhos, até mesmo pela privacidade, em que não queremos ninguém ao nosso lado, e por isso, não queremos recriar nossa paixão pela outra pessoa naquele dia. E definitivamente, chega uma hora que todo casal briga, seja para escolher o lugar do jantar ou por causa de uma traição, uma mentira. E é nesse ponto que casais nem sempre são felizes. Há casais que se suportam, casais que se acomodam, casais que são apenas amigos e ainda não perceberam.
E essas brigas, ah... essas brigas são traiçoeiras, nos fazem perder a cabeça, sair de si, cometer loucuras! Como dói amar, não? Pior ainda é a dor da perda, do remorso, da culpa, da saudade. Por isso acho que namorar nem sempre é bom. Há muitas dores envolvidas nesse processo.
Penso sim, que ter um relacionamento hoje é em dia é algo bem complicado e o que a TV mostra para alavancar as vendas no comércio está longe de ser realidade, é por isso que ainda existe muita gente solteira nesse mundo, há tantos desencontros pelos caminhos, há tantas pessoas com medo de se envolver. Transformar paixão em amor é para corajosos. Parabéns aqueles que conseguem, aqueles que se jogam pra valer, sem medo das dores. Eu, particularmente, ainda tenho meus receios e não coloco minha mão no fogo por mais ninguém. Admito que estou decepcionada com as relações amorosas, ultimamente estas não têm me dado motivos nobres para apostar nelas. Estou tentando mudar de opinião, mas isso, isso é outra história.

DIA DOS NAMORADOS (PARTE I)

Inspirada pelo clima de romance advindo da aproximação do dia dos namorados, resolvi tocar no assunto que para muitos, é sinônimo de desespero: as relações entre homens e mulheres. Para começar, vai um texto muito sábio de Jabour, com o qual concordo plenamente. A importância de se saber que tudo na vida acaba e que tudo pode começar novamente. Daqui um dias volto com uma reflexão pessoal sobre o assunto.
Aqui está:

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- Ah, terminei o namoro...
- Nossa quanto tempo?
- Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou
- É não deu...?

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro.
E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.

Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com
mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga! senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.

Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez,
dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.

Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos só. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora outro ser, outro mundo e outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo que nao é tao bom é para descartar. Ou se
apaixonar. Ou se culpar.

Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?
Arnaldo Jabor

terça-feira, 2 de junho de 2009

Roubados

A falta de inspiração me pegou, talvez seja o excesso de coisas para fazer! Mas, como uma boa pesquisadora da linguagem, sempre fico atenta a tudo que leio, ouço e cujo texto me chama a atenção. Por isso, posto dois deles: o primeiro de uma propaganda da Chevrolet, que traz uma ótima reflexão sobre nossas vidas, o segundo achado ao acaso pelos www da internet!
Então, lá vai:

Reinventando caminhos

Nenhuma segunda-feira é igual a outra. O futuro adora surpresas, e são elas que obrigam a gente a se reinventar. Conhecemos alguém legal e pá, reinventamos nosso estado civil. Temos um filho e reinventamos todos os nosso dias. Reinventamos um caminho cheio de atalhos que ninguém mais conhece. Nosso jeito de se vestir é uma eterna reinvenção. Combinamos estilos musicais conhecidos para recriar algo completamente novo. Reinventamos novas histórias e reinventamos um pouco delas cada vez que contamos pra alguém. Inventamos e Reinventamos o mundo quantas vezes for necessário Porque parar é colocar limites, acreditar que não podemos ir além e que nada pode ficar melhor. Reinventar é preciso, e essa é a única coisa que não vai mudar nunca.

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Saudade

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.