sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MELODRAMA


Porque quando estamos prestes a transformar nossas vidas de alguma maneira surge um medo estranho, que arrebata a gente e nos faz pensar que por mais que queiramos aquela mudança, será que conseguiremos sobreviver? Pode até ser em coisas pequenas, que não afetarão nossas vidas imediatamente, mas podem gerar resultados no futuro ainda assim temos medo?
Torcemos tanto para que a faculdade termine e nos tornemos profissionais de sucesso ou para que a mudança para aquela cidade dê certo, que a viagem saia como o planejado, que a entrevista seja ótima, que o casamento tenha acontecido com a pessoa certa e na hora certa, enfim... em vários momentos das nossas vidas nos deparamos com situações decisivas, que podem levar-nos para outro rumo. E então surge aquele medo, aquela angústia, aquela preocupação que nos corrói ao poucos. E se torna tão difícil não pensar, não questionar, não imaginar um plano B. Como é ruim sofrer por antecipação, e acho quase impossível não encontrar alguém que não tenha passado pelo mesmo. Em alguma hora, paramos para sofrer por antecipação, e não uso essa expressão aqui da forma mais radical, de sofrer realmente, ficando sem dormir de noite, mas, de uma maneira estável, sofrer por antecipação no sentido de parar para refletir sobre as conseqüências e as reais intenções de nossos projetos. Até mesmo um andarilho que vive sem rumo, em algum instante raciocina para onde vai, porque vai e os efeitos disso.
Entretanto, creio que eles, os medos, existam para que possamos nos direcionar e até acreditar em nós mesmos. As coisas podem não acontecer da forma que planejamos, porém, nos ensinam a tentar, aceitar os rumos da vida, talvez persistir mais uma vez, talvez criar outra alternativa, e por ai vai... E ele ta ali, nos dizendo: “estou aqui para você saber que essa é uma fase importante! Pense bem no que vai fazer e boa sorte!” Portanto, se as borboletas na barriga aparecerem, se o estômago virar, se começar a tremer, se chorar, se se estressar e gaguejar, ou até cogitar desistir, lembre-se: o medo não nos leva a lugar nenhum, a confiança sim!

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