quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FREE TO GO!

Outro dia fiquei parada a pensar e a ler outras histórias de amor e dor por ai e cheguei a conclusão que estou livre! Sim, é a pura verdade! Me sinto perfeitamente em harmonia e disposta a recomeçar. Antes eu falava tanto em conhecer novas pessoas, alguém que me encantasse, me tirasse do sério e me fizesse sentir como uma garotinha de 14 anos e seu primeiro romance, mas talvez fosse da boca pra fora e eu não estivesse pronta para, de fato, recomeçar. Algo ainda me prendia ao passado, algo não me deixava “move on”. Porém, aconteceu que ontem ao ouvir uma música bonitinha sozinha de noite no carro eu percebi o quanto me sinto bem comigo mesma, all by myself, focando nas minhas coisas, nos meus medos, nas minhas angústias, nas minhas vontades, nos meus sonhos. Não que antes eu não o fizesse, mas agora isso tomou uma proporção tão maior que não sobra muito tempo pra pensar no “como seria se...”. Não tenho mais vontade de vê-lo no meio da madrugada ou de fugir no meio de uma tarde do fim de semana. Não, não tenho. Confesso (2) que às vezes bate uma pontinha de saudade e carência, mas logo passa, pois só de começar a pensar no que vem depois, na minha insatisfação, nos beijos sem graça e na falta de “passione” tenho certeza de que não vale mais a pena. Prefiro curar minha carência batendo um papo divertido e inteligente com algum pseudo pretendente pelo MSN (!), ou até mesmo assistir um filme mela cueca e querer estar no lugar da protagonista. Simples assim, o desejo de estar com ele foi passando, foi dando lugar a uma sensação de bem estar e de querer gostar de alguém plenamente de novo, com tudo que se tem direito. Não me culpo mais por ficar um sábado a noite em casa (antes parecia um martírio! Eu pensava: o que eu estou fazendo aqui? Poderia estar conhecendo outras pessoas!), afinal, eu simplesmente entendi que não adianta forçar uma situação, ficar perseguindo olhares até que resolva apostar em algum, ou insistir em tentar tantas vezes até que alguém mude. As coisas só acontecem quando está na hora certa e ai você pode estar em qualquer lugar (só não vá pensando que a felicidade vai bater na porta, né? Para tê-las precisamos mostrar aos outros que a queremos. É como escrever uma plaquinha na testa: quero ser feliz, quem topa vir comigo?) Agora sim, posso pensar em recomeçar, porque mesmo tendo tentado antes eu não estava realmente “free to go”, eu ainda me prendia a ilusão de um dia todo aquele fogo misturado com compreensão e parceria pudesse voltar, mas existem situações que não se repetem, pessoas que não se reencontra e vontades que não se realizam, apesar de imensos esforços. Então, e agora? E agora que eu espero que ele entenda e me deixe partir, assim como um humano libera um passarinho da gaiola. Por que vou te contar, é tão bom sentir o vento batendo no rosto!

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