terça-feira, 12 de outubro de 2010

DE BOA

Hoje eu estou tentando não pensar muito nos problemas. Sublimei, abstrai! Sei lá se é porque foi dia das crianças ou se fiquei sossegada demais no feriado prolongado, mas o fato é que, não estou muito preocupada com as picuinhas de uns e outros, ou com a possibilidade de algumas coisas não darem certo, com prazos para entregas, com as situações estressantes, tristes ou complicadas das vidas dos meus amigos e inclusive da minha própria e por ai vai.
Não que eu não me importe com essas coisas que supracitei, pelo contrário, sempre tento ajudar os outros, reconciliar pessoas, procurar compreender as reais intenções ou motivos dos posicionamentos dos indivíduos que me cercam para não ficar só com o que é aparente ou então a refletir sobre um possível segundo plano, por vezes até cogitar chorar e querer sumir.
Mas, hoje, sei lá... não quero pensar nas datas limite, nas tarefas, nos infortúnios dessa vida.
Além disso, passei a considerar outras maneiras de ver as coisas, continuei querendo auxiliar os amigos, mas já não vejo tudo como um grande problema, imaginei soluções mais práticas e racionais. Não tenho mais medo de dizer algumas verdades ou não ligar para tantas outras coisas. Talvez os fatos que me rodeiam já estejam se repetindo e eu esteja sabendo lidar melhor com eles, como disse, de uma forma mais racional. Talvez eu esteja mais madura. Talvez, seja apenas algo passageiro e sem sentido. Enfim... só sei que hoje eu to bem de boa, hein... Ok? Valeu!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MELODRAMA


Porque quando estamos prestes a transformar nossas vidas de alguma maneira surge um medo estranho, que arrebata a gente e nos faz pensar que por mais que queiramos aquela mudança, será que conseguiremos sobreviver? Pode até ser em coisas pequenas, que não afetarão nossas vidas imediatamente, mas podem gerar resultados no futuro ainda assim temos medo?
Torcemos tanto para que a faculdade termine e nos tornemos profissionais de sucesso ou para que a mudança para aquela cidade dê certo, que a viagem saia como o planejado, que a entrevista seja ótima, que o casamento tenha acontecido com a pessoa certa e na hora certa, enfim... em vários momentos das nossas vidas nos deparamos com situações decisivas, que podem levar-nos para outro rumo. E então surge aquele medo, aquela angústia, aquela preocupação que nos corrói ao poucos. E se torna tão difícil não pensar, não questionar, não imaginar um plano B. Como é ruim sofrer por antecipação, e acho quase impossível não encontrar alguém que não tenha passado pelo mesmo. Em alguma hora, paramos para sofrer por antecipação, e não uso essa expressão aqui da forma mais radical, de sofrer realmente, ficando sem dormir de noite, mas, de uma maneira estável, sofrer por antecipação no sentido de parar para refletir sobre as conseqüências e as reais intenções de nossos projetos. Até mesmo um andarilho que vive sem rumo, em algum instante raciocina para onde vai, porque vai e os efeitos disso.
Entretanto, creio que eles, os medos, existam para que possamos nos direcionar e até acreditar em nós mesmos. As coisas podem não acontecer da forma que planejamos, porém, nos ensinam a tentar, aceitar os rumos da vida, talvez persistir mais uma vez, talvez criar outra alternativa, e por ai vai... E ele ta ali, nos dizendo: “estou aqui para você saber que essa é uma fase importante! Pense bem no que vai fazer e boa sorte!” Portanto, se as borboletas na barriga aparecerem, se o estômago virar, se começar a tremer, se chorar, se se estressar e gaguejar, ou até cogitar desistir, lembre-se: o medo não nos leva a lugar nenhum, a confiança sim!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FREE TO GO!

Outro dia fiquei parada a pensar e a ler outras histórias de amor e dor por ai e cheguei a conclusão que estou livre! Sim, é a pura verdade! Me sinto perfeitamente em harmonia e disposta a recomeçar. Antes eu falava tanto em conhecer novas pessoas, alguém que me encantasse, me tirasse do sério e me fizesse sentir como uma garotinha de 14 anos e seu primeiro romance, mas talvez fosse da boca pra fora e eu não estivesse pronta para, de fato, recomeçar. Algo ainda me prendia ao passado, algo não me deixava “move on”. Porém, aconteceu que ontem ao ouvir uma música bonitinha sozinha de noite no carro eu percebi o quanto me sinto bem comigo mesma, all by myself, focando nas minhas coisas, nos meus medos, nas minhas angústias, nas minhas vontades, nos meus sonhos. Não que antes eu não o fizesse, mas agora isso tomou uma proporção tão maior que não sobra muito tempo pra pensar no “como seria se...”. Não tenho mais vontade de vê-lo no meio da madrugada ou de fugir no meio de uma tarde do fim de semana. Não, não tenho. Confesso (2) que às vezes bate uma pontinha de saudade e carência, mas logo passa, pois só de começar a pensar no que vem depois, na minha insatisfação, nos beijos sem graça e na falta de “passione” tenho certeza de que não vale mais a pena. Prefiro curar minha carência batendo um papo divertido e inteligente com algum pseudo pretendente pelo MSN (!), ou até mesmo assistir um filme mela cueca e querer estar no lugar da protagonista. Simples assim, o desejo de estar com ele foi passando, foi dando lugar a uma sensação de bem estar e de querer gostar de alguém plenamente de novo, com tudo que se tem direito. Não me culpo mais por ficar um sábado a noite em casa (antes parecia um martírio! Eu pensava: o que eu estou fazendo aqui? Poderia estar conhecendo outras pessoas!), afinal, eu simplesmente entendi que não adianta forçar uma situação, ficar perseguindo olhares até que resolva apostar em algum, ou insistir em tentar tantas vezes até que alguém mude. As coisas só acontecem quando está na hora certa e ai você pode estar em qualquer lugar (só não vá pensando que a felicidade vai bater na porta, né? Para tê-las precisamos mostrar aos outros que a queremos. É como escrever uma plaquinha na testa: quero ser feliz, quem topa vir comigo?) Agora sim, posso pensar em recomeçar, porque mesmo tendo tentado antes eu não estava realmente “free to go”, eu ainda me prendia a ilusão de um dia todo aquele fogo misturado com compreensão e parceria pudesse voltar, mas existem situações que não se repetem, pessoas que não se reencontra e vontades que não se realizam, apesar de imensos esforços. Então, e agora? E agora que eu espero que ele entenda e me deixe partir, assim como um humano libera um passarinho da gaiola. Por que vou te contar, é tão bom sentir o vento batendo no rosto!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

FRÁGIL

Adorei este texto de Caio Fernando Abreu.
Enjoy it!

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse.(...)" (Caio Fernando Abreu)